Bruna Volpi Blog
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Mulheres gigantes se sentem espremidas nesse mundo machista
Tomando minha dose diária de feminismo pra conseguir lidar com a sociedade.
Esses dias eu conversava com amigOs sobre "mulheres que fazem 'cu doce'" - parafraseando-os. O argumento deles foi que, quando o "Não" eh dito de forma simpática ou com sorrisos, a mulher - no fundo- quer, mas está "fazendo graça". Eu disse que muitas vezes eu falo NÃO sendo simpática, realmente nao querendo. Fui chamada a atenção por isso. Pois se nao quero, tenho que dizer "não" de forma séria - segundo eles.
Relevei a tudo que tem por baixo desse comentário e prossegui tentando levantar uma reflexão sobre a nossa cultura ensinar o homem a insistir e a mulher a ceder a essas insistências. Antes de terminar o raciocínio fui interrompida, com eles achando um absurdo minha colocação (e aí quando eu ia interrompe-los pra terminar minha fala, eles falavam "deeeeeixaaa a gente terminar de falar").
Percebendo q o rumo da prosa nao ia bem e que seria em vão levantar qualquer questionamento, eu disse: "Deixa pra lá, gente. Nao vou discutir feminismo com vcs". E sabem qual foi a resposta? Extremamente inconformados, como se eu tivesse falado uma mega merda, disseram:
- FEMINISMO? QUEM AQUI ESTÁ FALANDO DE FEMINISMO?
Tive o ímpeto de tentar explicar, mas me calei e tentei, ja meio desesperada por dentro e tentando ao máximo manter a minha aparência calma, mudar de assunto.
O episódio me entristeceu tanto... por isso o desabafo... Eu precisava colocar pra fora.
Quanto mais eu me torno consciente, fica mais difícil relevar esse tipo de coisa. Fica mais difícil conviver com as pessoas, pq quase nenhuma delas está disposta a refletir sobre coisas q sempre consideraram "ok" , mas nao eh. Cada dia mais difícil encontrar homens q tenham empatia, que se pré-disponham a refletir e descontruir. E a gente vai se sentindo um peixe fora d'água. Vai se sentindo gigante por dentro, mas sem ter onde ocupar com toda essa imensidão. Então, nos sentimos espremidas.
Quando o mundo vai abrir espaço pra imensidão de uma mulher, sem q ela precise cavar, como um presidiário cavando um túnel no cimento com uma colher de café?
Esses dias eu conversava com amigOs sobre "mulheres que fazem 'cu doce'" - parafraseando-os. O argumento deles foi que, quando o "Não" eh dito de forma simpática ou com sorrisos, a mulher - no fundo- quer, mas está "fazendo graça". Eu disse que muitas vezes eu falo NÃO sendo simpática, realmente nao querendo. Fui chamada a atenção por isso. Pois se nao quero, tenho que dizer "não" de forma séria - segundo eles.
Relevei a tudo que tem por baixo desse comentário e prossegui tentando levantar uma reflexão sobre a nossa cultura ensinar o homem a insistir e a mulher a ceder a essas insistências. Antes de terminar o raciocínio fui interrompida, com eles achando um absurdo minha colocação (e aí quando eu ia interrompe-los pra terminar minha fala, eles falavam "deeeeeixaaa a gente terminar de falar").
Percebendo q o rumo da prosa nao ia bem e que seria em vão levantar qualquer questionamento, eu disse: "Deixa pra lá, gente. Nao vou discutir feminismo com vcs". E sabem qual foi a resposta? Extremamente inconformados, como se eu tivesse falado uma mega merda, disseram:
- FEMINISMO? QUEM AQUI ESTÁ FALANDO DE FEMINISMO?
Tive o ímpeto de tentar explicar, mas me calei e tentei, ja meio desesperada por dentro e tentando ao máximo manter a minha aparência calma, mudar de assunto.
O episódio me entristeceu tanto... por isso o desabafo... Eu precisava colocar pra fora.
Quanto mais eu me torno consciente, fica mais difícil relevar esse tipo de coisa. Fica mais difícil conviver com as pessoas, pq quase nenhuma delas está disposta a refletir sobre coisas q sempre consideraram "ok" , mas nao eh. Cada dia mais difícil encontrar homens q tenham empatia, que se pré-disponham a refletir e descontruir. E a gente vai se sentindo um peixe fora d'água. Vai se sentindo gigante por dentro, mas sem ter onde ocupar com toda essa imensidão. Então, nos sentimos espremidas.
Quando o mundo vai abrir espaço pra imensidão de uma mulher, sem q ela precise cavar, como um presidiário cavando um túnel no cimento com uma colher de café?
segunda-feira, 8 de abril de 2019
sexta-feira, 29 de março de 2019
Tiros na Colombina
O título da marcha rancho é uma metafora ao documentário "Tiros em Columbine". Faz crítica ao porte de armas, ao feminicídio, às relações abusivas e ao porte de arma.
Letra de Rogério Trentini
Musica de Adriano Dias
Interprete: Bruna Volpi
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
domingo, 25 de novembro de 2018
sábado, 24 de novembro de 2018
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