Quando ouvimos a própria voz ao falar, ouvimos por meio aéreo e por meio ósseo. O som emitido chega ao ouvido por meio de ondas sonoras que são transmitidas pelo ar e pelos ossos da face. Ouvimos a somatória desses dois trajetos: ar e osso.
Quando gravamos a nossa voz e ouvimos, anulamos a transmissão óssea e nos ouvimos só pela transmissão aérea. É nesse momento que nos ouvimos como os outros nos ouvem! A estranheza vem do fato de não nos identificarmos com aquela voz, que realmente é diferente do que costumamos ouvir. A transmissão óssea fornece detalhes sonoros que o ar não oferece.
O fato é que convivemos com nossa voz mais do que com qualquer outra característica de expressão. Vemos muito menos nossa face, nossa postura, mas a voz.....ah!! a voz o tempo todo se mantém como referência de identidade! Quando não reconhecemos é como se não fossemos nós mesmos!!!
Outro fator que contribui com a estranheza ao ouvir a própria voz é que, em maioria, temos pouca noção da nossa imagem projetada. Conhecemos pouco de nós mesmos. Conhecemos pouco de como soamos! Ao observar a própria voz, observamos de outro ponto de vista os nossos jeitos, os nossos disfarces, as nossas afirmações, nossa expressões! Habitualmente nos surpreendemos e não nos reconhecemos.
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